segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Aprofundando temas do debate / documento 1: Fiotec como OS contratando pessoal para o SUS
Colegas da Fiocruz,
Afirmei no debate promovido pela Asfoc em 31 de outubro que nunca o Conselho Deliberativo da Fiocruz (CD) analisou e aprovou explicitamente a qualificação da Fiotec como Organização Social (OS) para contratação de mão de obra para o SUS no Rio de Janeiro [Ata do CD de 30 de julho de 2012 - Onde está registrada a autorização de contratação de mão de obra para o SUS?]. Fui, então, mencionada na fala do candidato concorrente, que citou minha presença na reunião do CD que alterou o regimento da Fiotec e a assinatura da Ata da reunião na data (30 de julho de 2010).
Precisa ser esclarecida essa tentativa de me corresponsabilizar, consequentemente corresponsabilizando a todos os Conselheiros, por uma ação monocrática e autoritária da atual Presidência. Ela exemplifica o que temos apontado como problema: a falta de transparência, o pouco aprofundamento dos debates e a condução inadequada dos órgãos de deliberação da Fiocruz.
Precisamos sim de mais participação, mais aprofundamento do debate e de mais transparência, componentes essenciais da democracia. Nesse sentido, inclusive, considero que seria interessante debatermos na Fiocruz sobre a possibilidade de que as reuniões nas quais são definidas as diretrizes do trabalho dessa instituição, como é o caso dos Conselhos Deliberativos, sejam acessíveis ao conjunto dos seus trabalhadores por meio de transmissão via internet.
Obrigada aos trabalhadores da Fiocruz que estão participando desse debate tão importante para nossa instituição e com isso nos motivando a enfrentar o grande desafio de seguir em frente nessa caminhada para a construção de uma gestão efetivamente participativa.
Vamos juntos no caminho da mudança!
Sobre a qualificação da Fiotec como OS (Organização Social)
Para esclarecimento da situação, revisei meus arquivos e verifiquei que:
Cinco verdades para dirimir mentiras: desmontando a central de boatos
Colegas da Fiocruz,
Depois desses primeiros 15 dias de campanha eleitoral e do debate promovido pela Asfoc, fica fácil ver que a campanha está crescendo muito e que a instituição está sensível e compartilha nossas percepções e propostas. Foram sendo desconstruídos argumentos que visavam desqualificar nossa candidatura e os motivos pelos quais ela surgiu.
Nesta fase pós-debate, vem se intensificando a atuação da central de boatos. Dizem que vou destruir Unidades (IPEC, INCQS), implantar ponto eletrônico, fechar a pós-graduação do INCQS, inviabilizar Bio-Manguinhos, fechar escritórios regionais, interromper projetos da Presidência, demitir terceirizados, obrigar o IOC a votar na sua diretora, reduzir o papel da assistência na Fiocruz, acabar com a Dirac, demitir e perseguir servidores que se declararem pela outra candidatura. Os boatos são tão inconsistentes que não vale a pena respondê-los um a um. Até porque a cada dia surgem novos. Já os temas nos quais eles se ancoram são relevantes e estamos aproveitando estas temáticas para explicitar mais nossas propostas. Abaixo, tratamos de cinco destes temas.
Boatos surgem através da cultura do medo e da falta de transparência.
Vamos juntos no caminho da mudança desse cenário!
Depois desses primeiros 15 dias de campanha eleitoral e do debate promovido pela Asfoc, fica fácil ver que a campanha está crescendo muito e que a instituição está sensível e compartilha nossas percepções e propostas. Foram sendo desconstruídos argumentos que visavam desqualificar nossa candidatura e os motivos pelos quais ela surgiu.
Nesta fase pós-debate, vem se intensificando a atuação da central de boatos. Dizem que vou destruir Unidades (IPEC, INCQS), implantar ponto eletrônico, fechar a pós-graduação do INCQS, inviabilizar Bio-Manguinhos, fechar escritórios regionais, interromper projetos da Presidência, demitir terceirizados, obrigar o IOC a votar na sua diretora, reduzir o papel da assistência na Fiocruz, acabar com a Dirac, demitir e perseguir servidores que se declararem pela outra candidatura. Os boatos são tão inconsistentes que não vale a pena respondê-los um a um. Até porque a cada dia surgem novos. Já os temas nos quais eles se ancoram são relevantes e estamos aproveitando estas temáticas para explicitar mais nossas propostas. Abaixo, tratamos de cinco destes temas.
Boatos surgem através da cultura do medo e da falta de transparência.
Vamos juntos no caminho da mudança desse cenário!
1- Indicação dos diretores das Unidades técnico-administrativas (UTAs) e dos escritórios
Como se dá a gestão participativa em Unidades nas quais os diretores não
são eleitos, mas indicados pela Presidência, conforme o regimento da Fiocruz? Jamais
negociaria apoio em troca de promessas de cargos, do mesmo modo que jamais preencheria
cargos para beneficiar amigos. Para Direb, Dirac, Dirad, Direh e Diplan, assim
como para os 3 escritórios instalados em MS, CE e RO, vou indicar diretores
cujo perfil contemple as seguintes características: (1) Capacidade e
competência técnica específica para o órgão + (2) vínculo Fiocruz RJU como
primeira escolha, RJU cedido de outro órgão público como segunda escolha, cargo
comissionado para profissional externo como terceira escolha + (3) confiança e
liderança da equipe que vai dirigir, aferida do melhor modo possível (admitindo
inclusive lista tríplice) + (4) minha confiança, pois são órgãos estratégicos
para a atuação da Presidência. Mudanças de diretoria serão feitas apenas após o
mapeamento das competências técnicas e dos talentos existentes na Fiocruz para
esses cargos, e após um período de diálogo com seus servidores para o
diagnóstico comum da situação da Unidade e de seu papel no projeto Fiocruz. Na
presidência da Fiocruz, vou adotar esses quatro critérios para acertar na
indicação dos diretores das UTAs. E fortalecer o diálogo e a democracia interna
da Fiocruz, fortalecendo e democratizando inclusive os órgãos colegiados das
UTAs.
2- Política de Recursos Humanos: acesso, controle de ponto e segurança
Tenho respondido nas Unidades que valorizar
o trabalhador da Fiocruz significa para nós: melhorias salariais através da
gestão do plano único com as 3 carreiras + saúde do trabalhador + educação e
formação continuada + condições de trabalho dignas e promotoras do
desenvolvimento social e cultural da Fiocruz, com comunicação dinamizada. Nossa
diretoria no IOC foi a primeira a formatar e implementar um Programa de
Desenvolvimento Gerencial (PDG), experiência que já pode embasar a disseminação
para outras Unidades. Também temos praticado a redução da terceirização e sempre
defendemos –e realizaremos– concursos menores por área ou cargo. A política de Recursos Humanos da Fiocruz
começou a ser discutida no CD-Fiocruz em agosto de 2011 (ata: https://intranet.fiocruz.br/ger_arquivo/arquivos/786db.pdf). Vamos aperfeiçoá-la como prioridade na nossa gestão. Nela estão
previstos vários componentes, inclusive o controle de frequência, que é
diferente de controle de acesso. Instituir o controle de acesso aos prédios e ambientes da Fiocruz, com
mecanismos de identificação de quem entra e quem sai, é parte essencial de uma política de segurança para que as
atividades institucionais, seus trabalhadores e estudantes possam ter
tranquilidade e prazer no trabalho. O mecanismo de controle de acesso depende
de cada prédio e de cada tipo de atividade, e a diversidade da Fiocruz será
respeitada. O controle de frequência
é essencial para qualquer instituição e é uma exigência do governo federal. Ele
pode ser feito por diferentes mecanismos, inclusive sistema eletrônico, também
respeitando a natureza das atividades da Fiocruz. Consta na Ata do CD Fiocruz
que discutiu o tema: “1.5 - Controle de
assiduidade e carga horária - a avaliação de desempenho pode ser aprimorada
neste sentido, pois esta dimensão do RH visa aferir resultados. Este ponto deve ser de apreciação das unidades
e Direh; e voltará para apreciação do CD Fiocruz.” Como
recomendação expressa do governo federal para todos os servidores, é claro que
qualquer presidente terá que enfrentar essa questão. O que podem ter certeza é
de que não alteraremos nada em relação a
esse item sem um amplo debate nas Unidades, com o objetivo de proteger o
trabalhador.
3- O INCQS e seu papel estratégico na Fiocruz
Quando o governo federal criou a Fiocruz em 1970, reunindo IOC, ENSP,
IFF e INERU (PE+BA+MG+RJ), ainda não havia o INCQS. Mas havia a necessidade de
uma ação mais estratégica na vigilância sanitária. E o INCQS foi criado antes
mesmo da ANVISA, que hoje cumpre o papel regulador da vigilância sanitária no
Brasil. É estratégico preservar o INCQS na Fiocruz, como nossa Unidade de
atuação direta em vigilância sanitária, nosso maior interlocutor com a ANVISA
pela qualidade de suas análises laboratoriais previstas na legislação
sanitária. O INCQS-Fiocruz está para o Ministério da Saúde como o Inmetro está
para o Ministério do Desenvolvimento e Comércio Exterior (MDIC). E o INCQS é
público, emite laudos somente para o poder público, cumprindo seu papel no
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS). Sua ação de Referência
Nacional para as questões analítico-laboratoriais relativas ao controle da
qualidade de alimentos, medicamentos, cosméticos, artigos e insumos para
diálise e de saúde, reagentes e insumos diagnósticos, saneantes sanitários,
sangue e hemoderivados, saúde ambiental e medicamentos biológicos. Nossa proposta para o INCQS é a mesma
para a Fiocruz toda: maior integração e cooperação com as demais Unidades,
compartilhamento das melhores práticas, articulação de pesquisa e ensino com a
atividade de referência na vigilância sanitária, fortalecimento do ensino - Pós-Graduação
e outras modalidades -, compartilhamento do parque tecnológico sem
comprometimento da ação de referência. Com mais integração, toda a Fiocruz tem
muito a aprender com a experiência dos trabalhadores do INCQS e estes com as
demais Unidades da Fiocruz.
4- Os Institutos Nacionais e a assistência na Fiocruz
A assistência de referência e a pesquisa clínica geradora de evidências
para procedimentos de recuperação e promoção da saúde estão na origem da ação
da Fiocruz. Assistir, cuidar, tratar e estudar pacientes com problemas impactantes
na saúde pública estão expressos nas teses e artigos publicados na Fiocruz
desde 1900, como mostramos no livro que publicamos em maio de 2012 sobre os 111
anos do ensino no Instituto Oswaldo Cruz (http://www.fiocruz.br/ioc/media/Livro_111%20anos%20do%20Ensino%20no%20IOC.pdf ). A associação do IFF, IOC, ENSP e INERU (RJ+PE+BA+MG) conferiu o
caráter nacional da assistência da Fiocruz, reafirmou sua vinculação com a
pesquisa e o ensino, e iniciou o caminho para que serviços de referência fossem
estruturados e qualificados, para iluminar a saúde do país em duas vertentes em
que a Fiocruz é reconhecidamente competente: infectologia e saúde da mulher, da
criança e do adolescente. Num contexto em que o Ministério da Saúde decide
fortalecer o papel de seus Institutos Nacionais (Câncer, Cardiologia,
Traumato-Ortopedia), criar os Institutos Nacionais (INs) de Infectologia (INI)
e da Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (INSMCA-IFF) é natural e
desejável. Por isso, sempre apoiei
essa ideia. E, como ficou claro no debate da Asfoc, é no processo que tenho divergência, e é com a atual Presidência,
não com o IPEC e nem com o IFF. Pouco adianta a criação formal dos INs se as
condições institucionais não são criadas. Por condições institucionais,
entendo: projeto de desenvolvimento institucional dos INs, programa de pesquisa
e desenvolvimento associado à assistência, definição do escopo e da dimensão
dos hospitais em número de leitos de internação, CTI, consultas ambulatoriais,
fluxo de entrada e saída e relação com o SUS, orçamento especifico,
infraestrutura, recursos humanos suficientes para as atividades atuais e
futuras, integração na cadeia de inovação e de serviços de referência e de
assistência da Fiocruz, e discussão democrática de tudo isso no IPEC, no IFF e
em toda a Fiocruz. Os INs não podem ser um simples desejo da Presidência com os
diretores das Unidades de assistência, precisam ser um projeto pactuado na Fiocruz
e assumido pela Fiocruz em toda a sua dimensão. Assim como o projeto do parque
tecnológico para a pesquisa e para a produção. Não podemos tratar
segmentadamente os grandes investimentos da Fiocruz, pois estamos moldando o
que a instituição será nos próximos 30 anos, no mínimo.
Falei aos trabalhadores do IPEC: como delegada, votei a favor da criação
do IPEC no II Congresso Interno em 1998, do qual compus a comissão
organizadora; como diretora, incentivei e apoiei todas as parcerias IOC-IPEC;
como pesquisadora, tenho projetos em colaboração com o IPEC há mais de 10 anos;
apoiei a proposta de estrutura organizacional do IPEC no CD-Fiocruz em 2007;
apoio e defendo a modernização da estrutura física do IPEC. Portanto, não há
como sustentar a mentira de que eu poderia “acabar com o IPEC”. Felizmente esse
boato não tem seu correspondente no IFF e esse medo seus trabalhadores não
expressam quando conversamos em nossas visitas. Pretendemos induzir a formação
da Rede Fiocruz de Infectologia para
apoiar o INI-IPEC e da Rede Fiocruz de Saúde da Mulher, da Criança e da
Adolescência para apoiar o INSMCA-IFF Fiocruz. A força da Fiocruz se dá na
sua integração e complementaridade.
Compromisso assumido é compromisso cumprido! Vou manter a decisão
política do Congresso Interno e do Ministério da Saúde que criou politicamente
os INs. Vou lutar junto com toda a Fiocruz para que essa criação saia do papel:
orçamento especial e adequado para as atividades hoje realizadas, concurso para
adequação de quadro de pessoal, orçamento especial para os R$ 600 milhões
estimados para a construção do complexo hospitalar, orçamento especial para
locação de espaços transitórios até a finalização dos novos prédios, revisão da
estrutura organizacional dos INs e cargos comissionados correspondentes e suficientes
para a nova estrutura. Ao assumir a Presidência, vamos dar transparência a tudo
isso e discutir abertamente as implicações dessas escolhas. Com gestão
participativa e democrática. Com transparência. Com Integração institucional.
5- O acolhimento dos novos servidores
A Fiocruz recebeu desde 2006 mais de 2 mil novos servidores. Por onde
passamos, percebemos insatisfações especialmente de servidores do concurso de
2006, em parte frustrados quanto às expectativas de desenvolvimento
profissional na Fiocruz. Estamos nos comprometendo a fazer uma rechamada de
todos e todas que ingressaram na Fiocruz nos últimos 10 anos, para ouvi-los e
propor-lhes maior integração e aproveitamento em suas competências profissionais.
Fizemos em 2005 no IOC uma chamada assim: “No que você é mais artista? No que
acha que pode melhor contribuir para a Fiocruz?” Tivemos mais de 150 respostas
e novas pessoas se engajando no trabalho de renovação do Instituto. Imaginem
quando fizermos isso na Fiocruz! Vai ser uma grande mudança. Por isso somos
portadores da mudança já!
Agenda desta semana
Caros colegas,
Compartilhamos nossa agenda de campanha para esta semana.
Seguimos juntos no caminho da mudança!
7/11 - Encontro com os trabalhadores de Bio-Manguinhos, às
10h, no auditório
8/11 - Encontro
com os trabalhadores da COC, às 14h, no auditório
9/11 - Encontro
com os trabalhadores do INCQS, às 9h, no auditório
9/11 - Encontro
com os trabalhadores do Cecal, às 14h, no auditório